Wednesday, July 12, 2006

Xeque Mate!

Véspera da prova do mestrado...dia incomum...não conseguia dormir...tinha que fazer uma prova na qual tinha pouco conhecimento da filosofia contemporânea, fiquei imaginando o que será que vai cair...para piorar me entreguei na noite passada a um romantismo desfreado. Destes que sabemos que não podemos beber nem fumar, principiando uma gripe, e me entrego ao sereno, a quatro cervejas, algumas barrufandas de cachimbo e um cigarro gudan. Estava querendo piorar minha situação... depois eu e um amigo jogamos uma mão de xadrez, e estava tudo certo, o jogo era meu, estava com o melhor posicionamento de peças, ele só estava atacando com a rainha. Eu estava com o peão passado, a uma casa da inversão de peça, com uma torre logo a frente, deveria inverter a peça assim que pudesse, mas não, resolvi puxar o cavalo para defesa, ao invés da torre, e pronto meu jogo foi ao fim, xeque mate. Fiquei à noite imaginando que a vida se acaba num segundo...num movimento errado, numa falta de atenção. Não era o pensamento ideal para quem vai realizar uma prova. Deitei imaginando que poderia ganhar o jogo, "se não"...as condicionais nos matam. Dormir mesmo assim, até duas da manhã, acordei, e imaginei se for assim na prova...não conseguia dormir de forma alguma...se por uma frase equivocada eu perco, o pior que nunca vou poder saber qual a peça movimentei errada na prova. A gripe piorou, a garganta começou a doer, não deveria beber, nem fumar, deveria tomar uma sopa quente, um chã, um suco de laranja, por que às vezes tomo decisões por paixões? Isso é romantism. (desculpe os erros de datilografia, ainda estou pagando pelas faltas de ontem, espirrando muito). Resolvi que poderia modificar em parte esta realidade, levantei, já era 4:00 da manhã, aqueci uma água, tomei u chã de bodo, procurei de camomila, esquentei um leite com chocolote, fiquei um pouco olhando para as coisas, o vencedor do xadrez, estava lá...todo feliz, tendo o sono dos justos...ah que inveja...queria tanto dormir como vencedor...pelo menos aquela noite...tenho certeza que se ele soubesse deixaria eu ganhar, mas aí não teria o mesmo sentido. Meu consolo, é que eu ganhei por tempo, ora tínhamos marcado uma mão de 10 mínutos, depois dele ter dito que não iria jogar por causa da hora. Aconteceu que eu estava jogando rápido e bem, e ele começou a amarrar o jogo, para não impedir o tempo continuei jogando rápido e ele passava 5 minutos analisando uma jogada, ou seja, ele recuou na hora que percebeu que iria perder, e eu fiquei com o sentimento de estar atrpalhando o tempo, e continuei jogando rápido...ah, vamos lá...é um consolo dos fracos...preciso de um consolo. Olhava o relógio e cada hora que passava, me comportava que nem Poliana, pôxa vai ser tão bom se eu dormir agora, tenho 4 horas para dormir, 3 horas, 2, 1, que bom tenho 15 minutos para dormir, finalmente dormir, e acordei era hora de me arrumar. Fiz uma prova...não posso dizer que é boa ou má, fato que discorri sobre a questão de sistema de análise de poder político contratual-opressão ou guerra-repressão. Vamos lá, voilá, como diria os franceses, espero que os Santos me consolem....depois eu digo o resultado desta partida, e o quanto me sinto com tudo isso. Xeque mate, é péssimo ouvir isso!

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