Thursday, February 19, 2009

A prova da prova

Este texto foi desenvolvido na aula da professora Vera, após lermos um poema. época de faculdade, escritos antigos, páginas amarelas.


A vida é a prova da prova. É ler, decodificar, interpretar e expor idéias a eternas apreciações. Nossas idéias estão o tempo todo sendo vigiadas, todos querem saber seu grau de normalidade. Participar de mundos, entender esses mundos, ou fingir que entendeu, o importante é que as pessoas não saibam que nós não sabemos nada, porque aí nós sabemos demais. Vamos fingir que está tudo bem! Bom dia, Senhor...Bom dia, Senhora. Quanto é mesmo 2 + 2, hum...4! Você é um menino inteligente Joãozinho, já pode participar do nosso grupo. Estou cansado destes rebanhos que ensinam suas limitações e ganham um salário por mês...e vai ser diferente? Não, mas aprendemos suas limitações e provamos que sabemos o que eles estão dizendo. E quem sabe não ensino o que sabe, porque ese sabe que não sabe nada, mas ele não diz, ele não ensina o que sabe, porque isto não pode ser dito, é melhor que todos saibam que ele sabe, e então ele ensina o que querem, mesmo sem saber. Se a rocha falasse, mas ela não fala, porque ela sozinha é grão; e ela precisa fazer parte da montanha. As pessoas jogam com a iggnorância dos outros, e assim o mundo vai. Bom dia, Senhor...Bom dia, Senhora. Quanto é mesmo 2 + 2, ah 4! o GAFANHOTO pula alto e um dia eu pularei também.

Gafanhoto


Desvendar mundos pode trazer alegrias, tristezas ou indiferenças, nem sempre é a expectativa desejada. Um acha lindo o que outro acha um completa estupidez. E quem é o certo! Eu quem não sou! Nem com o que eu digo, nem com o que penso. "A vida é desenhar sem borracha" (Millôr Fernandes). Para quem tem lápis, Millôr, para quem tem lápis! Ih, a minha ponta quebrou, alguém tem apontador? mas o que era mesmo para ser visto, se o gafanhoto pulava alto...há, há, há...see o gafanhoto pulava. Ele pula e eu também, um dia caímos fora, mas normalmente caímos dentro, mas vamos pulando! Pula gafanhoto que o dia precisa passar.

Sexta--Feira 13 - A mudança

Sexta-feira 13


Não poderia ter data melhor para minha mudança de Juazeiro. Data marcada pelas histórias de terror, pensei que só fizesse referência aos últimos acontecimentos da minha vida, mas assim que entrei no carro de mudança, essa data quase tornou-se significativa para as pessoas que ficariam vivas caso viesse a morte na minha direção.

Então, vamos contar a história do início. Passei a semana numa tensão muito grande na tentativa de conseguir um carro de mudança que ficasse com o preço razoável. Depois de muito procurar, tomei a decisão de um amigo vir me buscar, pois tinha um carro utilitário que caberia tudo, quem viria dirigindo seria meu irmão, que achou por bem, não aceitar a proposta, pois o carro não tinha seguro. Achei aquilo uma desculpa, e decidir pegar um ônibus a Salvador e vir dirigindo o carro sozinho para pegar minha mudança, logo depois que avisei aos meus familiares sobre isso, recebo um delicado telefonema de minha irmã dizendo que seria melhor alugar um carro, e vir com o tal do seguro, que todos estavam tão preocupados. Voltei atrás, liguei para o meu amigo, desmarquei a viagem, e pedi para o meu irmão, conseguir o tal do carro alugado, inicialmente seria um carro maior para garantir que toda mudança viesse com segurança.

Sem surpresas, por mais que meu irmão procurasse, não achou o tal do carro, em toda Salvador, ainda insistir que fosse um carro pequeno, e ele insistiu em fazer inúmeras perguntas para ver se o carro dava ou não dava a mudança, por mais que informasse que isso já tinha avaliado. Na minha impaciência fraternal, e por perceber que ele pouco estava se importando com a segurança, mas com o incômodo dele viajar para Juazeiro, desistir desta estratégia e eu próprio resolvi solucionar um carro para mudança.

A primeira opção pagar quase R$1.000,00 para fazer a mudança, a segunda era arriscar num caminhão que fizesse descarga em Juazeiro e eu pagaria em torno de r$350,00 para minha mudança retornar num caminhão para Salvador. E assim foi, às 16:00 horas meu telefone toca, era o intermediário deste caminhão informando que viajaria às 18:00 para Salvador, perguntei se era carro baú, ele disse que sim, fiquei bem empolgado e topei a idéia.

O motorista para o carro baú na minha porta, e assim que coloquei a primeira caixa, vir que a temperatura era bem agradável dentro do baú, considerando o calor insuportável do sertão. Bem, até então só a minha mudança iria chegar um pouco mais resfriada em Salvador, era um caminhão freezer com produtos perecíveis. O motorista não sinalizou nenhum tipo de problema, outro detalhe que me chamou atenção, é que tinha uma pequena carga de alimentos refrigerados junto a minha mudança, ao perguntar se teria algum problema junto à polícia rodoviária, ele falou que não.

Perguntei a Jefferson, um colega que conseguiu o intermediário até chegar no motorista, se eles se conheciam, e Jefferson muito tranquilamente falou, “sem problemas o rapaz é de empresa, eles já se conhecem, olha lá sua farda”. Achei o motorista um pouco “esperto”, cheio de malandragem, comentei com Jefferson pela segunda vez, e ele disse que nada, “você que é um baixinho invocado”. Tudo bem, entrei no carro com uma latinha de cerveja, e o primeiro sinal foi dado, o motorista gritou “ah, você gosta de uma cerveja, vamos parar ali”, eu respondi “não, só estou bebendo está latinha para relaxar, você quer?”. Para o meu agrado, ele rejeitou, e paramos num posto logo à frente, pois ele iria abastecer o caminhão, me chamou para um bar, que saiu três mulheres, duas com uma cara de mulheres arrasadas, e uma terceira toda arrumada, mas mesmo assim, lhe faltava algo de belo, na verdade lhe faltava tudo. Enquanto o caminhão e o motorista se organizavam, fiquei bebendo uma cerveja com as três damas, e percebi que uma delas iria conosco, perguntei e recebi a confirmação.

Inúmeras vezes, passou pela minha cabeça, qual o motivo daquele encontro, por que deveria escutar as histórias de sofrimento daquelas mulheres? E elas preferiram dizer os discursos que lhe davam certo ar moral, como boas herdeiras da cultura cristã, a estratégia era de se penalizarem, mostrarem inúmeras dificuldades e negarem a vida de prostituição, no final do discurso havia implícito uma solicitação financeira de apoio, que se resumiu a pagar uma cerveja a mais por minha conta.

A senhorita que viajou conosco aos poucos cedia este discurso para um mais próximo das suas atuais imagens enquanto pessoa: já foi envolvida em inúmeras brigas, presa por um ano e oito meses por tentativa de homicídio, o que deve ter sido um homicídio. Já vendeu craque em São Paulo, cidade que se envolveu com um traficante morto pelos comparsas. E sem perspectiva iria visitar um namorado na penitenciária de Serrinha que conheceu na sua última estadia na cadeia, num interior próximo a Juazeiro, numa briga de carnaval. Pelo que eu entendi, ele era uma espécie de “xerife” da cadeia, tinha um respeito pelos outros marginais, e ela se encantou e se sensibilizou pela ajuda que ele ofereceu nos dias de prisão. Extremamente sensível a qualquer tipo de apoio, ela se apaixonou por ele, que tinha sido transferido por ter comandado uma rebelião na cadeia. Para finalizar esta introdução, ela estava viajando para Serrinha com uma acusação de roubo da última casa que trabalhou. E o namorado dela, desistam, dificilmente ele saíra da cadeia nos próximos 15 anos.

E assim seguimos viagem, até este momento, mais uma pessoa numa boleia pequena, tudo bem...o saldo positivo era que o motorista não bebia. Conseguimos partir após 40 minutos, e o caminhoneiro já era meu “amigo”, e iria me levar para um posto com uma “ótima rabada", que eu tinha que experimentar, no primeiro posto, logo após a saída da cidade, mas ainda em Juazeiro, ele parou, pediu mais uma cerveja. Neste ponto já desconfiado tinha parado de beber, vi que ele rapidamente tinha colocado coca-cola no copo dele, mas até então não sabia que ele misturava com conhaque, pois sempre dizia “deixa eu beber uma coca com café para ficar acordado”. Neste posto, achei por bem, ligar para alguns amigos, que não atenderam o telefonema, então liguei para Clô, e expliquei a situação a ela, e pedi para anotar a placa do carro por segurança, pois estava com maus indícios nesta viagem. Por sinal a rabada era horrível, eu mastiguei e não engolir.

Já era quase 20:00 e não tinha saído de Juazeiro ainda, liguei para meu irmão, e falei para ele que iria viajar à noite, e iria chegar de madrugada, e ele perguntou “e daí?”, e logo ele que estava tão preocupado com segurança, para fingir que estava tudo bem falei, “não, é só para me ajudar a descarregar o caminhão”.

Depois que saímos de Juazeiro conversamos sobre tudo, desde situações de crime até a vida de caminhoneiro, a minha vida, o sucesso profissional do caminhoneiro, a esperança da senhorita em encontrar um homem que a amasse de verdade. Com tudo isso, ainda tinha as investidas do caminhoneiro em levar a senhorita para casa dele em Salvador, ao invés de deixá-la em Feira de Santana e seguir rumo para Serrinha, a qual ela tinha ficado três dias sem namorar com ninguém para se dedicar ao seu amor na prisão, e o infeliz do caminhoneiro queria num sentimento de “comer” uma virgem, quebrar esta intenção sincera e sentimental da garota.

E assim foi, paramos em quatro ou cinco bregas ou bares, em todos o motorista bebia coca-cola com conhaque, e quando percebeu que eu estava me aborrecendo, falou para não me preocupar que ele conhecia o limite dele. A última parada, foi num bar que era ponto de tráfico, assim que descemos não tinha ninguém no bar, depois que paramos e pedimos um coca-cola apareceram mais de oito homens dentro e fora do bar, e o motorista foi intimado se estava acontecendo algum problema, assim que percebi o “barril de pólvora” que nos encontrávamos puxei o motorista, entramos no carro e seguimos viagem. E ele disse que sabia que ali era ponto de venda de drogas, mas estava tudo sobre controle, isso era logo depois de Capim Grosso, e a fala do motorista já estava embolada.

Eu não conseguia pregar o olho, porque a sensação de dormir era terrível, pensava que iria acontecer um acidente e eu iria morrer dormindo. Com tudo isso, o motorista ainda fumava no carro, e toda vez que precisava acender soltava as duas mãos do volante e o carro sai da pista ou pegava a outra pista, mas como vocês sabem não deveria me preocupar “pois estava tudo sob controle”, obviamente de Deus ou do Diabo.

Paramos para socorrer um outro caminhão quebrado, e nisso o motorista foi muito bacana, pois ele era também com "muito orgulho mecânico de carro a diesel".

E assim foi a viagem inteira, e quando não agüentava mais ficar acordado, tirei alguns cochilos que acordava completamente assustado quando caia na escuridão do sono e na perda dos sentidos com a realidade, uma experiência terrível. E tendo que ouvir e aceitar pelo menos enquanto estava no carro, que iria visitar o motorista para fazermos uma festa no fundo de quintal.

Era 4:00 da manhã quando chegamos em segurança, a garota foi arrastada para Salvador, e certamente iria dormir com o motorista. Eu só conseguia falar uma coisa para todo mundo, "parei em todos os bregas de Juazeiro a Salvador", repetia isso, sem pensar. Descarreguei o carro, e fui dormir às 05h da manhã com quase 24 horas acordado.
Conclusão: As sextas-feiras 13 existem.

Tuesday, February 17, 2009

escritos

Antigos escritos: uma das aberturas de um caderno que pode ser muito bem aceita como uma proposta deste blog, os tempos mudam e mudam as tecnologias de acesso a memória.

"Escreverei frequentemente minhas idéias e achados e percepção do mundo. Mundo é tudo aquilo que não sou eu. Falarei até mesmo de coisas banais ou que me parecem banais, mas quem sabe poderão ajudar a me compreender, seja num momento ou comportamento estabelecido. Tempos em tempos farei, até mesmo, perguntas com ou sem respostas. As perguntas são mais importantes que as afirmações. Aqui, tentarei exercer toda liberdade de pensamento, apesar de saber o quanto isso é difícil e perigoso. Nem sempre é bom grafar o que pensamos, pois nos expomos, caso alguém pegue para ler ou mesmo podemos fortalecer um comportamento indesejado. Colocarei todos os meus objetivos neste papel, reavaliarei e poderei tomar novos rumos depois de refliti-los"

Nem sempre isso que escrevi num caderno de notas foi possível, mas vale o registro.

Crítica de Platão a escritura

Estou agora no momento de resgastar meus antigos cadernos de notas, e suas páginas estão "amarelando", vou guardar algumas coisas que acho importante.

Crítica de Platão a escritura:

1. a escritura não é remédio da memória e não substitui a função da memória;
2. a escritura é um meio para evocar a memória;
3. ativar a consciência que já está predisposta a ser ativida;
4. a fala é mais dinâmica e viva do que a escritura;

Sunday, February 08, 2009

Mudança




Mudanças, mudanças, arruma, empurra, enrola., fecha, passa a fita...casa vazia! Esta vida boa vai acabar! Para equipe de plantão uma feijoada no quintal.

Saturday, February 07, 2009

Nova gramática amorosa

Dizem elas que querem me ajudar! Valeu, pelo menos me animaram bastante, estas duas figuras! (escrito em 07.02.2009 publicado dez/2010)




Friday, February 06, 2009

Novas regras da gramática amorosa

Dizem elas que querem me ajudar...(?) Valeu minha mãe e minha tia, pelo menos me animaram bastante, estas duas figuras!






Thursday, February 05, 2009

Passarinho branco.


Tô com uma saudade...não posso ver um olho, um bico que me bate saudade, tudo, tudo, tudo...meu irmão reclamando aqui da cama, eu me lembrando que vc dormia tão bem ao meu lado.

Monday, February 02, 2009

As núpcias puer-psique


Sinto que este será o último estudo, por enquanto. A partir de agora, preciso ter uma outra forma de auto-conhecimento. Já imaginava isso, meus sentidos já apreendem o mundo externo da forma que me era habitual, o mundo parou de andar em câmera lenta, até que gostava desta sensação, o que não gostava muito era dos sentimentos.
O livro e autor continuam sendo o mesmo. Neste tópico será abordado a conciliação entre o espírito ascencional, de um lado, e a ninfa, o vale, ou a alma, de outro. Imaginemos este enlace em estilo personificado, como em outros momentos, isso ajuda a imaginação a sentir diferentes necessidades dentro de nós como volições de diferentes pessoas (os vários eus de novo, aparecem).

O mais importante sobre a anima é o que sempre se disse da psique: é insondável, inapreensível. Jung denomina de "arquétipo da vida", ao tempo que Hillman escreve como uma função da psique (então teria outras funções, anima não se confunde com psique!?) que constitui sua verdadeira vida, a embrulhada na qual está metida hoje, seu descontentamento, suas desonestidades, e eletrizantes ilusões, junto com suas reabilitadas esperanças de uma realização melhor (isso está tratando da relação anima/psique). A anima nos embrulha e retorce e comprime a ponto de ruptura, realizando a "função de relacionamento". Deixa claro que para Jung relacionamento significa perplexidade.


A consciência do puer necessita casar-se com a mixórdia da psique, a fim de empreender a "luta dos sexos". O puer precisa combater a irritabilidade desta "mulher" interior, sua indiferente preguiça, seus caprichos - a análise chama de auto-erotismo. Trata-se de luta com a alma, ao invés de contra, um abraço apertado, tenso, afetuoso, em muitas posições de cópula sexual, um abraço em que a loucura do puer defronta-se com a confusão e os desvios da psique. Não é uma luta franca nem clara. Nem mesmo sei que armas usar ou onde o inimigo se encontra, pois o inimigo parece ser minha própria alma e coração, e minhas mais queridas paixões. O puer é deixado sozinho com sua doidice e durante o combate recorre a ela (a doidice) tão frequentemente que aprende a dela cuidar como preciosidade, como aquilo de impar que ele realmente é, sua sigularidade e limitação. O refletir-se no espelho da alma permite ao homem ver a demência de seu impulso espiritural, e a importância desta demência. (isso é muito curioso para mim, gosto de dar relevância espiritual a certas situações, que depois afastados me parecem sem importância). (Eu reclamava muito por que ela não me refletia, pura mentira, ela apenas não refletia aquilo que eu queria ver, e eu criticava como se não refletisse, e os piores dos reflexos para o puer é o silêncio, no qual não dá para acionar sua loucura, ou mesmo seu espírito defesa, se debate entre espelhos olhando para si mesmo nos olhos da alma, que reflete sua demência).

E aqui vem um ponto importante, o da terapia, foi onde me fez perceber que era o fim das leituras. Toda a luta com a alma resume-se nisso (dito acima), sendo a psicoterapia a ocasião desta luta: descobrir sua loucura, seu espríto singular, perceber a relação entre o seu espírito e sua loucura, constatar que há espírito em sua loucura, e loucura em seu espírito. A partir daqui eu extrapolo a personificação, e me confunde muito, por isso prefiro parar.

Sunday, February 01, 2009

Fogueira dos temores.


Certos afastamentos, separações são necessárias a emoção do ódio. Para acontecer de forma enfática, mas nada pessoal, se faz necessário para marcar a diferença, manter as coisas nos seus lugares. E por isso eu disse "neste momento não dá para esquecer o peso dado as pessoas", é preciso encontrar energia onde ela se encontra para se proteger, porque de alguma forma a minha presença incomodou muitas psiques nas suas "estabilidades" e elas agiram da mesma forma para me manter distante. Bem e mal andam juntos, um olhando para cara do outro, não se queima um sem chamuscar o outro, e nunca sabemos quais dos dois foram para fogueira, até que reste apenas as cinzas.

Estudos da Alma pelo Espírito.

Este texto precisou vir, porque desenvolve os conceitos como cascata, e fala bem diretamente do PUER no processo de amadurecimento e suas consequências que podem levar a morte literal (aconteceram situações conscientes ou inconscientes que merecem muita atenção da minha parte, outro ponto relevante do texto, a necessidade de introversão para o amadureciemento, e como é duro para mim este processo de introversão, a criança dentro de mim, quer sair pulando, bater a cabeça na parede, fazer calundu, e hoje me deu vontade de sair com o filho de Tartaruga, Gabriel, percebi que era um pedido interno, e dei outra direção).
Carlos São Paulo tem uma abordagem diferente da de Hillman, sutilmente se percebe pela linguagem, como diria Hillman pelo estilo de imagens. Linguagem clara, direta e utiliza de conceitos que a trata a situação de forma diferente, é esclarecedor para ler junto com Hillman, principalmente para os iniciantes, como eu.

texto retirado do site: http://www.ijba.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=88:puer-senex-na-psicologia-masculina-&catid=38:6-edicao&Itemid=61

PUER-SENEX NA PSICOLOGIA MASCULINA
Carlos São Paulo.
PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO. Ele chamou assim ao processo natural, espontâneo e autônomo, completamente independente de nossa vontade consciente, que acontece com todos nós, desde que nos permitamos à transformação natural dos processos de desenvolvimento, crescimento e morte. Nesse caminho, o Ego deve tornar-se flexível o suficiente para libertar-se dos seus paradigmas e ficar aberto ao fluxo criativo do inconsciente, a fim de que este se realize. Dessa forma poderemos contemplar as novas idéias e possibilidades que emergem do lado obscuro de nossa mente.
O Ego, considerado por Jung como o regente da consciência, tem um papel fundamental para definir os níveis de maturidade de um indivíduo. Por meio do diálogo com o inconsciente, intermediado pelas imagens simbólicas, vai-se atravessando camada por camada deste nosso substrato psíquico, encontrando representações cada vez mais sutis, menos pessoais, até chegarmos à essência, à primeira camada – o Self, arquétipo da totalidade, do equilíbrio e da unidade, que corresponde ao nosso centro conectado com todo o cosmo. Seguir o caminho da individuação necessita de um Ego que estabeleça uma boa relação com o Self, e esta poderá ser projetada em uma comunicação satisfatória do homem com o seu deus. O conteúdo do inconsciente, para ser uma realidade na percepção do Ego, precisa tornar-se imagem. Essa imagem traduz uma experiência humana eterna na espécie e ganha a forma de Símbolo Arquetípico. Este guarda um padrão e, ao mesmo tempo, expressa a sua singularidade por meio da imagem. É como os nossos dedos, ou seja, os humanos nascem com dedos(esse é o padrão), mas estes são sulcados por impressões digitais(essa é a imagem) bem singulares, de modo a não se encontrar dois indivíduos iguais.
Para considerarmos o processo de individuação nos seres humanos do gênero masculino, vamos refletir sobre o par de opostos puer-senex. Puer é a fixação na infância, enquanto senex refere-se à fixação na velhice. Não poderíamos deixar de nos referirmos aqui à relação puer-senex com a temporalidade. Para o Hinduísmo o mundo é uma ilusão, e o tempo um fator que nos engana ao ponto de acreditarmos apenas no ego e nas coisas palpáveis. Por isso, nos iludimos com a irreversibilidade do tempo e, não percebemos a circularidade dele muito bem representada em mitos antigos. Assim, no ego, o tempo se comporta se desdobrando apenas em uma única direção, sem nos darmos conta da reedição de eventos passados, propiciando a separação cronológica clara da condição puer e senex. No entanto, na estrutura psíquica do inconsciente, vivemos o tempo da circularidade, consequentemente, a história será sempre a reedição de algum evento do passado. É o eterno retorno, sem início nem fim. Nesse caso último, as dimensões puer e senex serão vividas perpetuamente retornando sobre si mesmo sem o antes e o depois.
Percebemos que o sujeito, no caminho da individuação, precisa rever os ciclos de sua alma. O homem precisa estabelecer relações com o seu centro - ou com Deus - e então enfrentar o desafio de saber lidar com a sua alma - ou anima - como chamou Jung. Para isso, precisamos aceitar o fechamento dos nossos ciclos de tempo. É preciso morrer para o antigo, e renascer para o novo, em um contínuo processo criativo (o antigo para mim, é tudo que ficou em Juazeiro, e este é meu tempo de olhar para ele). Quando aceitamos a mudança, conseguimos abandonar o passado de forma criativa, porque dele emergem novas possibilidades de atuação no futuro. Fechamos portas para que possamos renascer.
O homem tomado por cronos, pelo senex devorador e tirano, amedrontado com o tempo, se arma de mecanismos que o faz isolar-se da alma e deixá-la com dificuldades para expressar-se. Deus, em sua insistência, faz com que ele sinta a necessidade desse contato por meio de uma linguagem que o homem moderno tem mais dificuldade em entender. A linguagem dos símbolos que une os opostos passa a ser substituída pelo seu contraponto que é o diábolos, ou seja, o contrário do símbolo, aquilo que desune. Assim, o diabo faz o seu papel de alquimista junto com Deus.
Ao experimentarmos uma relação significativa com o outro, mobilizamos as figuras interiores que habitam adormecidas o mundo misterioso da psique humana. Essas figuras aspiram a existir e agir. Ao acontecer esse fenômeno, assistiremos ao papel dos símbolos em nossa transformaçào. Tornar-se-á símbolo, a imagem que permita a relação do Ego com os conteúdos do inconsciente.
O homem ao amadurecer, encontra dentro de si mesmo o seu aspecto Puer. Porém, se o Ego não consegue manter essa experiência por meio da atitude da consciência introvertida, o mundo lá fora lhe pregará peças e, ai aparecerão as relações assimétricas e, consequentemente, perderá todo o encanto cedendo lugar às crises. Essas crises poderão levar o sujeito a melhorar a qualidade de sua vida, ou sucumbir na loucura, ou mesmo na morte literal. Para exemplificar essas três possibilidades vejamos as histórias a seguir:No filme “D. Juan De Marco” o personagem vivido por Marlon Brando se apresenta como um psicólogo às vésperas da sua aposentadoria, sendo designado para salvar um jovem suicida que se identifica como D. Juan. No topo de um guindaste, o psicólogo trava um diálogo de identificação com os delírios de D. Juan e este desiste do suicídio. Daí em diante D. Juan passa a ser um objeto de transformação daquele homem que agora ativa o Puer esquecido nas regiões mais abissais do seu mundo desconhecido. Aquele homem, pesado, sem mais os encantos da vida, psicólogo maduro, com a missão de resolver o problema do jovem D. Juan, tornando-se leve, sedutor, vivendo a beleza interior. Essa mobilização no seu mundo interior o faz viver a alegria de um Puer que dança com a sua amada, desfazendo o feitiço do tempo que lhe havia retirado todo o encantamento.O confronto do Puer, que quer olhar para fora, com o Senex, querendo olhar para dentro, gera então o campo de batalha na psique, muitas vezes se equilibrando nas próprias ilusões em que as Dulcinéias e os Tadzios podem surgir por todos os lados, dificultando uma melhor relação com o seu centro. Aqui eu lembro as histórias “D. Quixote de La Mancha” e o romance “Morte em Veneza”.
Na conhecida história de Cervantes, D. Quixote, um homem maduro, vive toda a dimensão de sua fantasia projetada no mundo externo, transformando qualquer objeto em espelho de sua alma e, assim, vive o herói lutando e vencendo batalhas que nada mais são que Moinhos de Vento, em busca de sua amada Dulcinéia, imagem de anima com poderes de trazer a graça a partir de qualquer tipo de senhora que esteja ao alcance dos seus sentidos iludidos por essa força. Seu auxiliar, o Sancho Pança, como sua função inferior, o mantém em sua tarefa de iludir-se e viver a unidade do sujeito com o objeto (Participation Mystique).
No famoso romance de Thomas Mann, Morte em Veneza, o maduro Aschenbach não consegue vencer o confronto com o púbere Tadzio que espelha o Puer que habita o mundo interior daquele homem maduro dando-lhe forças descomunais, sendo possível devorar o Senex, ou seja, o confronto Puer e Senex resulta na morte, símbolo do fechamento de um ciclo. Aschenbach ao perceber Tadzio no saguão do hotel, logo em sua chegada, torna-se obcecado pelo moço, mas qualquer ação concreta é, para ele, totalmente inimaginável. A partir daí, tenta o artifício externo de fazer contato com a sua jovialidade, utilizando-se de um barbeiro que pinta os seus cabelos brancos, para no final, numa cena triste: um homem morrendo e perdendo de vista o objeto que ativou toda a fúria dessa organização emocional que traduzia a juventude perdida.
Assim, podemos ver nos três exemplos, como aconteceram as relações puer-senex na psique masculina. Na história de D. Juan o homem com sua alma madura experimenta a força da ativação de sua alma jovem, obtendo a sua transformação. Na história de D. Quixote a razão é perdida para que haja a experiência interior transformando a camponesa em uma poderosa anima para um admirado herói, como muitos homens maduros que perdem sua estrutura de família e se lançam na busca desenfreada de um mundo fantasioso e inexistente para as dimensões práticas da existência. (e a minha crise ocorre aos 30 anos, numa luta imensa para se constituir uma família, e com uma personalidade introvertida ao meu lado, bem significativos estes fatos) No romance de Thomas Mann, o esforço entre a ética e as necessidades impróprias resultantes do confronto puer-senex, põe fim a uma questão insolúvel, ou seja, não foi possível a harmonia entre esses opostos e a solução foi a dissolução.
Na verdade, sustentar a tensão entre os opostos deus-diabo, puer-senex, cronos-aion, rítmo-repouso, criação-destruição, etc., é uma jornada épica para transcender o caos e a ordem, depois de percebê-los indissociáveis. Ou seja, que um não surge sem o outro, assim como a felicidade não existe sem a infelicidade. Essa é a condição de nos libertarmos da necessidade de saber o que é certo e o que é errado e a aceitar que ambos são verdadeiros. A magia consiste em optar por todos eles.

"esse anima", "estar na alma"

Esse anima, será os estudos da alma de hoje (Hillman "O livro do Puer"). A psicologia de Jung se baseia na alma. A ressurreição de imagens por Jung foi um retorno à alma, por aí já temos uma indicação do método a ser empregado no processo junguiano. Logo a imagem não é representação de algo mais. Dar a imaginação significados interpretativos é pensar alegoricamente e desponteciar o poder da imaginação. Esta posição Jung descobriu junto aos seus paciente insanos e em si mesmo durante seus anos de depressão. Se você está a procura da sua alma, busque antes as imagens de sua fantasia, pois é assim que a psique se apresenta diretamente. Imagem não é utilizado para referir-se ao reflexo de um objeto ou uma percepção, não se refere a uma memória ou uma pós-imagem. A palavra deriva de "uso poético, uma figura de imaginação ou uma imagem de fantasia". Estes não provém da "realidade" (sempre entre aspas). "A psique cria realidade diretamente. A única palavra com que posso designar esta atividade é fantasia".

Hillman diferencia as imagens de Pico e Vale. É importante ressaltar que tudo para psicologia junguiana é antecedida pela imagem, se reconhece o espírito ou a alma pelos seus estilos de imagens. Dar definições de espírito e alma propõe a distinção e o problema em linguagem do espírito.

Outro ponto que me chama atenção e afirma minha identificação com a psicologia da alma. O espírito é humilde, mas sem humor. Fantasia é qualidade maravilhosa da vida diária...o estilo literário de Jung no qual nenhum parágrafo continua o precedente (é preciso ler Jung com a alma, isso consigo fazer bem). A psicanálise se aproxima deste ponto na associações livres.

A alma nos envolve em história - a história de nosso caso individual, a história de nossa terapia, a história de nossa cultura. Hoje passei pela manhã e vi um grupo de homens reunidos na praça contando seus feitos, lembrando suas histórias que quando um dia 14 anos o outro dia 20, era alma centrada, reunida na praça e se fazendo. Eu precisava contar minha história para um passarinho branco, muito mais do que um perspectiva, era minha alma falando. Em outro momento do livro, sinaliza que muitas vezes o caminho do puer para alma, é a ilusória paixão, e aí se dá mal, normalmente. Eu deveria saber disso antes, pois já tinha identificado a constelação arquetípica. Mesmo que soubesse, estava mergulhado no complexo.

Os picos aniquilam a história. Os trabalhadores espirituais e os pesquisadores do espírito devem primeiramente saltar sobre as ruínas da história, ou profetizar seu término, ou sua irrealidade, seu tempo ilusório, ilusória a história de suas localidades individuais e particulares.

Nossos complexos são histórias atuantes na alma, precisamos então contá-las. Aqui seria a saída, passei o tempo todo calado com muitos. A autotransformação no vale exige o reconhecimento da história, uma arqueologia da alma, uma escavação das ruinas, uma remontagem (esse ponto é muito, muito importante). é preciso, apesar de ser mais difícil, cinzelar a história, nossas reações, hábitos, moralidades, opiniões, sintomas que impedem a autêntica mudança psíquica. (eu acho que fui bastante corajoso ao me jogar do penhasco e começar este processo, esculpir minha mudança).

O problema do que é trivial e do que é relevante depende do arquétipo que lhes empreta signficado, no caso o SELF. Contudo, podemos nos sentir oprimidos pela significação deslocada, inferior, da paranóia, como podemos sentir oprimidos por eros e pela alma nas agonias do amor desesperado, ridículo.

A desproporção entre o conteúdo trivial de um evento sincronístico, de um lado, e de outro, o enorme senso de significado que o acompanha, mostra a afirmação de Hillman, no que se refere que o significado é dado no trivial, tanto faz a fala espiritual profética, ou uso de psicotrópicos, ou relatos terapêuticos, entendo o que ele quer dizer com isso, para prestar atenção no arquétipo constelado e não nos fatos. A semelhança de alguém que econtrou um amor, processo de autovalidação, autojustificação das trivialidades que pertencem à experiência do arquétipo em todo complexo e que participam da sua defesa.

A paranóia é uma desordem do significado, por um arquétipo indiferenciado do self. Esta questáo dá indeferenciação é muito importante para psicologia, e Jung marca bastante isso, nas indiferenciações dos arquétipos.

Nas páginas seguintes fala de como agir no processos terapeutico, que pergunta deve ser feita para encontrar o arquétipo, "quem chama lá de cima?". A indagação arquetípica não é como ocorre o conflito entre alma e espírito, nem por quê, mas quem, dentre a variedade de figuras que compõe cada um de nós, que figura ou pessoa arquetípica se move neste acontecimento? (nisso é curioso, que quando reconheço isso, falo que dentro de mim, e de todos, existem vários "eus", as pessoas me rotulam, se defedem e voltam correndo para sua sanidade egóica). Outro fato curioso que precisa ser registrado, Hillman considera o "soldado cristão", enquanto figura arquetípica uma das mais perigosas socialmente, o inconsciente bom cristão, o missionário, o salvador, o cavaleiro.

Inicia o próximo estudo. psicológica e até espiritualmente, o problema consiste em encontrar conexões entre o impulso do puer para o alto e o abraço da alma, nebuloso, estorvante.

Saturday, January 31, 2009

Dias longos!

Os dias me parecem longos, entre 06 da manhã e 06 da noite, uma eternidade. A noite quando chega das 18:00 até a hora de eu dormir o dobro do tempo que foi pelo dia. Já estou cansado de ver filmes, de conversar no msn, de ler minhas próprias cartas, de escrever neste blog, cansado de olhar para o céu, de sentar no batente da casa, não tem canto nesta casa que não me traz lembrança, penso em andar, em ficar parado, e nada adiantaria...mas preciso aprender a conviver com a solidão durante um tempo, não por que eu queira, mas por assim me encontrar. É que preciso concluir alguns trabalhos em Juazeiro. Faz-se necessário. Devo atribuir algum sentido. Meu silêncio, deixa minha mente pertubadamente ruidosa, ouço meu coração bater. Preciso ler, estudar, me foge a atenção dos livros que estão espalhados pelo chão. Que vontade de seguir minha vida para Salvador, contudo é preciso aprender a controlar certas inquietações para cumprirmos nossos objetivos.
Notícias boas, pelo menos por enquanto, para o meu retorno para Salvador. Tudo vai dar certo!

O Último Pôr do Sol


Ontem fiz um passeio especial com os colegas de trabalho, e fui agraciado quando já estávamos indo embora, ver o pôr do sol com a pessoa que eu mais amo neste mundo. Pela manhã tinha ouvido, "quando você ver o pôr do sol hoje, lembra de mim". Mergulhei, fiquei lá em silêncio, vendo o último pôr do sol, tem situações que quando precisam acontecer, é inevitável, fui o homem mais feliz do mundo. Não tenho condições de expressar minha plenitude naquele momento e minha saudade ao mesmo tempo.

Thursday, January 29, 2009

Gota de lágrima lançado no infinito



Hoje Rio de águas claras, cristalinas, tomou outro rumo, minha margem, e mar é uma gota triste de lágrima lançado no infinito.

Coração Noturno

Amanheci com a múscia "coração noturno" de Raul Seixas na cabeça, era a música preferida de Sumaia nas primeiras horas da manhã. Figura que eu gosto muito.

Música para acordar: http://br.youtube.com/watch?v=UcrRzZF-DTY´siu

hoje Vou abrir uma exceção, terá duas músicas do dia, na verdade, a próxima música atravessa todas as outras músicas, me acompanha desde muito tempo, e há muitos neste mundo. Falar no tempo, beijos na minha amiga Doris. Essa música vai para você também Doris.

Música transversal: http://br.youtube.com/watch?v=sP4mhUZoPyk&feature=related

O home que desafiou o diabo

Muito bom, identificação imediata, com o herói errante, que a trilha sonora e bordão do personagem é "não grude, não grude, não...". O homem que desafiou o diabo, filme de Moacyr Góes só fez pouso com seu "passarinho branco". Um herói errante, destemido, que caia no mundo, zombador. Frases que ficam na memória "a beleza e a feiura estão juntos em toda parte, a beleza até na morte, e feiura até na arte". Repleto do imaginário nordestino. Este sim, Muty, é um belíssimo filme com tudo que tem direito.
Música do dia não poderia ser outra. "não grude não": http://br.youtube.com/watch?v=_LyaDhHU-lg.

Wednesday, January 28, 2009

Estudos da Alma do dia

Senex Negativo -

O que não é: a culpa do ego. Não é meramente uma questão de culpa moral. Nem também idéias ultrapassadas. Nem mesmo do feminino ausente. Esses problemas egóicos não são causas, são consequencias; refletem desordem anterior na base arquetípica do ego. Essa base é senex-et-puer, de um lado a ordem e de outro seu dínamo. Juntos dão ao ego sua força criadora, ou intencionalidade, ou significação de espírito.

Ponto fundamental: cisão da base em polaridades: consciência egóica separada do insconciente. O senex negativo é o senex separado do seu próprio aspecto puer. Ele perdeu sua "criança". O cerne arquetípico do complexo, agora cindido, perde sua tensão inerente, sua ambivalência e está simplesmente morto em meio a seu brilho que é seu próprio eclipse, sol negro.
Questões de autoridade (aspectos negativos da cisão): aspira a nada que não sua própria perpetuação, leva a tirania e ao cinismo; pois o significado não pode ser sustentado pela estrutura e pela ordem. Unilateralidade mutilante (bom enfatizar que toda uniteralidade é mutilante).
Questões do Tempo: eufemisticamente chamado de experiência, porém mais frequentemente apenas os acréscimos incrustados de histórias profanas, torna-se virtude moral e até testemunha da verdade (ouvir um gestor fazer jus da experiência para fortalecer que seu argumento era melhor e mais sábio que o dos outros)
Sexualidade: sem eros jovem torna-se lasciva, caprina;
Fraqueza: se converte em queixumes
Isolamento criativo: solidão paranóica
O complexo cindido fica incapaz de compreender e semear.
Separando-se de sua própria criança e de seu louco, o complexo não tem mais nada a dizer. Loucura e imaturidade estão projetadas nos outros. Sem loucura, falta sabedoria, só tem conhecimento estático, sério, depressivo, guardado nos cofres acadêmicos, uso do poder.
Femino aprisionado, ou a dama Melancolia (o meu lado puer às vezes sente dificuldade de relacionar com este feminino do senex que é importante, e o rejetia na unilateralidade, estou fazendo a análise inversa). Integração de personalidade, torna-se a subjugação de personalidade, unificação através de domínio, e a integridade apenas repetição tediosa de principios firmes. Ou, a fim de novamente despertar o lado puer, pode acontecer o apaixonar-se induzido pelo complexo (fator importante de análise). variações de constelações destes complexos, analisar isto depois.

TERCEIRO DIA - Veraneio

Eu preciso ter calma, e começar a pensar em estancar esta ferida, ontem à noite foi bem complicado segurava com as duas maõs, mas a pressão interna era muito forte. Já é preciso dar os primeiros pontos, não dá para continuar jorrando do jeito que está, já surge uma necessidade de coagular, deixar a cicatriz fazer seu trabalho.

Acordei com minha tia e meu irmão e eu cantando numa casa de praia a música "Madalena, Madalena, você é meu bem querer, eu vou falar pra todo mundo, que eu só querer você...". Meu irmão conseguia dá o ritmo certinho, riscando um garfo num prato. Os meus sonhos estão sendo óbvios demais, estávamos todos reunidos numa casa de praia, se divertindo e tirando fotos em cima de uma pedra na beira do mar, e o grande barato era se encaixar de cabeça para baixo na pedra, o meu corpo se amoldava na pedra, e minha tia saia correndo para tirar fotos.

Música onírica do dia: Madalena do Jucu - Martinho da Vila - http://br.youtube.com/watch?v=MxPxQ-Q1JzI

Vou ser síncero, o que salva é esta energia matutina, acordo com o bom humor ótimo, dormir é difícil, mas acordar é uma beleza.

O primeiro ponto foi dado. Encontro no Rio Chico.

Então, resolvi parar de contar os dias...

Cheguei a um aforisma hoje no almoço, depois que ouvir Clô falar "Bohemia": "quando tudo parece que vai mal, realmente tudo vai mal." (Victor, Pensador)

O segundo ponto foi dado. Carta 1.
O terceiro ponto foi dado. Carta 2
O quarto ponto foi dado. decidir não mais ver Abelha, vai ficar guardado comigo suas traquinagens
O quinto ponto foi dado. minha mãe vem passar um tempo comigo.

não sei a extensão desta ferida, mas deve faltar dois ou três pontos. mas já segurou um monte, vou dormir agora, depois de trabalhar um pouco no TCC.
Dia complicado.

Tuesday, January 27, 2009

"Soldados Cristãos"

Conceito do dia: Epistrophé - "todo fenômeno tem um modelo arquétipo para o qual voltar, reverter, retornar" (Hillman). "Levar as formas sensíveis de volta para as formas imaginativas, e daí lançar-se para significados mais elevados". Esta leitura inicial serviu para se aproximar de outro conceito, a idéia de Pothos: a nostalgia do puer aeternus. E algumas característica que me são pertinentes, referentes ao arquétipo. "O puer não suporta a falta de direção, com tempo e paciência..." ( e daí minha fala recorrente - "você precisa ter calma"). "...Não sabe quase nada das estações e da espera (e daí minha vontade em Salvador de tatuar a imagem das quatro estações). E quando deve descansar ou retirar-se de cena, então parece estar preso num estado atemporal, inocente dos anos que passam, em desarcodo com o tempo (e daí minha necessidade de numerar os tempos em Juazeiro, que passo na tentativa de me retirar de cena de um série de situações) Seu vagar é como o vagar do espírito, sem ligações, não como uma odisséia da experiência. Vagueia para gastar ou capturar e para incendiar, para tentar sua sorte, mas não o objetivo de voltar para casa (e daí um monte de coisas, esta é uma idéia muito central). Nenhuma esposa espera; não tem filho algum em Ítaca. Como o senex, não escuta, não aprende" ( isso é bem interessante, que o aprendizado vem da união senex-puer, e como estou num momento denso, tomado pelo senex, isso quer dizer que o "senex está no cerne de qualquer complexo ou governa qualquer atitude quando esses processos psicológicos passam a sua fase final) pela manhã ao ouvir a música "sem fantasias", sentia como se fossem um apelo ao lado criativo, na qual estava completamente enxarcado pela secura, noite, frieza do complexo senex. O senex é a morte do preenchimento e da realização, que pode ser produtiva, potencial ou perigosa a depender, pois pode-se se passar por um processo endurecedor da consciência. Ouvir as músicas algumas vezes, um chamado para equilibrar este exílio da vida e me lançar a rua equilibrado pelo puer. "O senex negativo é o senex separado de seu próprio aspecto puer. Ele "perdeu" sua criança". Mas confesso que sempre tenho dificuldade de assimilar o lado negativo do puer, por que será? Acho que é um bom momento para começar a enteder.
Fico feliz com estas leituras, que bom que não me paraliso com os "soldados cristãos".

Narradores de Javé

Narradores de Javé é um filme que seria bem melhor enquanto peça de teatro, seu ponto forte é a roteiro, em torno de 1:37 min. Sem grandes fotografias, iluminação ou maquiagem, isso interfere bastante na qualidade da película, e talvez isso responda ao meu amigo Muty, porque este filme não tem a popularidade do Auto da Compadecida, originalmente uma peça de teatro. Ainda sim, o Auto da Compadecida é melhor enquanto história que aborda o imaginário nordestino, muito mais rica sem comparação.

O Narrador de Javé não pretende tratar ou exibir a cultura nordestina enquanto foco, mas um conflito que se tem entre o progresso e a memória e valores de um povo. Javé é um vilarejo nordestino que o símbolo mais significativo da cultura é o sino da igreja. Diante da eminente inundação da cidade para construir a hidrelétrica, o povo se mobiliza para evitar a extinção da cidade, e a única possibilidade é contar sua história e torná-la significativa para o Brasil (fazer o tombamento da cidade), e daí surgem narrações interessantes de um povo que ao tempo que desejam contar a história da cidade, desejam valorizar o nome da família, cada um conta a partir da própria perspectiva, os "causos" nordestinos. O mais belo do filme é a idéia de esperança, as pessoas poderem lutar até o último momento que inundou o vilarejo, e assim que perceberam que não tinha mais jeito, resolveram contar e guardar a memória escrita da cidade, e a própria história da inundação. A memória como eixo da construção da identidade dos indivíduos e da cidade. Alguns conflitos se estabelecem, tais como a distância entre a história e a memória, e entre a memória escrita e memória oral. É muito interessante, porque o meu blog vivo estes conflitos.
Contudo, meu amigo, Muty, é um filme mediano, que a lógica do roteiro das piadas se repete em vários quadros, e mesmo o filme sendo curto, tornasse cansativo o tom das piadas, apesar de serem inteligentes, por exemplo, chamar uma figura de “manicure de lagartixa”, “DNA de jacaré”, e outras que são perversamente engraçadas. Só que como tínhamos conversado o que mais te encantou foi ver o povo simples contar a própria história mesclada com a memória da história do Brasil: os "nobres" de portugal, africanos, índios, e eu assistir o filme com os seus olhos.

SEGUNDO DIA - Sem Fantasias, mas com Bom Sonho!

Bom dia, frase do dia: "você precisa ter calma!". Pois é, bem que tem funcionado esta frase. Hoje acordei, tinha terminado de voltar de uma visita do meu antigo colégio "Instituto Bom Pastor", fiquei receoso de entrar, até que resolvi, pensei que iam impedir minha passagem. De imediato encontrei um antigo aluno rebelde que depois de anos permanecia lá fazendo oitava série, achava que ele era até o porteiro da escola depois de tanto tempo. Entrei na secretaria, e vi na sala de reuniões, todos presentes, menos um professor corrigindo prova separadamente, lembrei dele, era professor de história ou geografia, português, não sei bem (o nome do professor é Marcão, lembrei disso relendo em 28 de fev de 2010), disse _ professor, tudo bem?. _ Não, mais ou menos, mas porque você quer saber? _ desculpa, professor, só um antigo aluno visitando a escola. _ Desculpa, estou mais ou menos, tive uma conversa ruim com o diretor. Tive que vender minhas férias. _ Sei como é, é péssimo estes dias.
Não preciso nem dizer que foi auto consolo, um consolo da minha história, da minha geografia e do meu português, tinha uma professora que sempre dizia, dê tempo a psique, e mantenha ela tranquila que ela se resolve, temos apenas que ir ao lado, dando apoio.Imagino agora, assim como os pastores. Só que eu só fui na parte de cima do colégio, deveria ter descido. Fui na parte da direção, deveria ter visitado outros espaços, mas fui no meu tempo.
Bom sonho.
Hoje reuniões 10:30 com Bárbara, tenho duas horas para produzir até lá, e reunião a tarde. Um pouco mais ciente do clima, isso me deixa mais tranquilo, mas não menos triste.

Breve comentário, quando abrir a seção de leitores, apareceu um blog "este mundo não é para criança" muito estranho, dizendo que objetivo é sensibilizar as crianças do futuro. Estranho, muito estranho...mais depois eu comento sobre isso.

Música do dia: Sem fantasias - chico buarque. http://br.youtube.com/watch?v=vSY8xSrymnM

Sem fantasia Chico Buarque1967.

Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perder-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu
Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus

Esta música é um chamado a meu lado PUER. Muito bonita. Eu acho que Chico jamais pensou que esta música faz referência a este arquétipo. E aí amplia e se confunde com outras tantas imagens.

Hoje eu fiz um cantinho da fossa, é preciso separar os espaços, coloquei duas mantas no chão, sete almofadas simétricas no canto da parede, me jogo lá, e fico curtindo meu sofrer, sofrer assim é raro, de tanto sofrer fica até gostoso. Isso é raro na vida.

Dia produtivo, andamos na supervisão com Bárbara.
E encaminhamos algo para o núcleo de educação e comunicação, as coisas me parecem meio perdida por lá, mas...

Monday, January 26, 2009

Primeiro DIA - casa de cabeça para baixo.



Duas coisas uma pessoa precisa em momentos de crise, como eu já falei, eu preciso acordar e dizer. "você precisa ter calma". A outra é bom humor. São 07:20 h da manhã, Jefferson foi me pega de moto às 06:00 desviou de um carro, quase bate numa bicicleta, pegou uma contra-mão e eu cheguei em casa neste ritmo. Abelha! Chamo, só por chamar. Abro a porta de casa, um campo de batalha. Minhas fotos e cartas com Clô colocadas sobre a mesa, absolutamente tudo revirado. Leio os e-mails, uma reunião às 09:00 horas na secretaria, só tenho 1:30, e o recado que a maioria dos residentes não estarão aqui na semana, que beleza, quem sobra não tem condições de convivência. É preciso muito calma e começar o dia por etapas. O que fazer? Colocar uma música triste, e fazê-la feliz, organizar a casa. Mãos a obra!. 2 - ir para a reunião, depois pensámos no resto, digo pensamos caros amigos por que vocês podem participar dando opinião em comentários. Até.
Vídeo do dia: Nina Simone - http://br.youtube.com/watch?v=eYSbUOoq4Vg
Música: coletânea - Dias de Paz - música: dias assim (Djavan/Beto Guedes)
Contudo, não é fácil, minha casa espalhada das coisas espalhadas de Clô, e ninguém abosultamente ninguém me diz o que está acontecendo. Até terça, sai, vai embora esta semana, para onde...tornei-me um total e absolutamente estranho. A reunião falou sobre o plano de trabalho para o controle social, fiquei meio distraído dando alguns palpites, e tudo muito estranho. São 11:56, e o clima denso já me penetrou. O que fazer? Seguir para próxima etapa. Reunião às 14:00, o que me parece que as pessoas não estão dando a mínima para as etapas a serem cumpridas da residência, e na minha tentativa de comunicação, não obtive a menor resposta, as coisas estão começando a chegar de forma fragmentada até mim. Como eu disse no início do dia: é preciso ter calma...
16:40 - Dia difícil, reunião à tarde foi completamente tomado por um peso que me levava aos vales mais profundos. Nenhuma, absolutamente nenhuma energia das pessoas em resolver qualquer demanda de forma grupal. Todas as decisões foram tomadas pelo caminho de ninguém ter que se ver e reunir, este era o critério que guiava as decisões. Único e exclusivo critério.
Bem ou mal, as coisas vão clareando, realmente até o dia 01, a casa estará completamente vazia. Mandei uma carta. Este blog está sendo meu diálogo imaginário com os meus amigos, hoje bateu forte. Tomar um banho, deitar e assistir um filme Narradores de Javé. Amanhã quero ver Abelha.

Sunday, January 25, 2009

I Can See Clearly Now

Final de semana bom, agradecer todos os amigos que puderam estar comigo. Cácio - cacciola, Eduardo - da minha cor, meus irmãos, Alexandre - ABA, Renata, minha mãe, tia Helena, Larissa - Lara, Arlene - Arley, Tiago - Parada. Figuras boas e fortes, nos divertimos muito, um beijo e um grande abraço a todos. Todos estarão comigo em Juazeiro, e me aguardem quando voltar.
Amanhã, chego em casa, abro, esperar abelha vir correndo me ver, esperar...voltar a vida, arrumar a casa, comprar umas camisas novas (baratinhas, estou sem grana), e organizar a vida.
Frase que me direi todos os dias: "você precisa ter calma". Quem duvidar todos os dias está frase irá iniciar meu blog. Viajo daqui a 4 horas, vivo, eu posso ver mais claramente agora.

Vídeo sugerido do dia:

http://br.youtube.com/watch?v=gIqLsGT2wbQ

Saturday, January 24, 2009



Quando uma borboleta bate asa no inferno faz nuvem no céu.


Friday, January 23, 2009

Abelha









Hoje, meu grande companheiro em Juazeiro foi embora, foi para uma nova casa, sinto a sua perda de forma muita dolorosa. O meu pequeno roedor de cordas, cabeção, meu grande abelha vou sentir falta das nossas conversas na cozinha, de você correndo em minha direção, querendo brincar de bola, do seu cochilo na sala, de você me consolando sempre que estava triste, da sua simpatia com as crianças e da sua raiva incontrolável pelos poodles.
Se lembra que a sua cirurgia quase deu errado, rapaz, você me matou de susto, eu queria dormir do seu lado a noite inteira, só não fiz porque Clô tem juizo. Clô falava que você era um cachorro, e eu tentava dizer que você era meu amigo, era muito mais que um cachorro.
Se lembra quando fui te pegar, viemos de moto, você morrendo de frio enrolado num pano, não parava de morder minha mão, e isso foi o tempo que todos passamos juntos. Se lembra que treinavamos juntos Juatedo, naquela casinha.
No meu aniversário, você viu o pôr do sol mais bonito com os meus óculos. E no rio, sua alegria de tomar banho, gosto tanto de te ensinar as coisas neste mundo, você tem muito que aprender. você já estava quase aprendendo a nadar.
Arranjou uma amiga que fez um vídeo para você, com esta cara de dengoso valente conquistava muitas pessoas.
Você foi meu filho querido, tem a minha cor e meus olhos profundos. Eu entrei em casa com você escondido nas costas, e mostrei para Clô que estava sentada no computador, e tudo se irradiou de alegria, passamos horas olhando para você. seu barrigão imenso, e uma cabeça enorme, uma criança disse que você parecia uma abelha, e assim foi, mas muitos te chamam de mel, abelhudo, zangão. Um dia quis te chamar de amendoin, de tantos dias sem tomar banho. Eu queria tanto que pudesse ficar comigo!
Uma grande figura em minha vida, meu abelha!


Vídeo de Abelha:




Thursday, January 22, 2009

Triste para Frente

Sofro, sofro mesmo. Vivo, vivo com toda intensidade. Amarguro, amarguro com toda força que tenho e me expando. Não como e não tomo cristo no jantar para aliviar minhas fraquezas, vivam sua cretinicidade pequena de ser o que são. Vomitem cada letrinha que comeram e "fiquem em paz", a vida é um eterna aflição.

É perigoso viver, é preciso correr perigos, para ser algo mais do que um falso discurso cínico moralista. Os moralistas não conseguem enxergar a própria história, o próprio passado, onde todos morrem, vivem, matam e se comem. Morrem de medo da sua própria memória. Queimam o primeiro judas que encontram pela frente, e sejam felizes para sempre.

Minhas visceras me comem por dentro e vivo toda aflição e angustia de estar vivo. Não admito, não quero, não vou deixar a vida me engolir com falsas sustentações sociais, estou aí, na vida, e serei triste para frente. Afirmo a vida com todas as desgraças que ela tem oferecer e todas as alegrias que vivi e procuro.

Vídeo do dia: http://br.youtube.com/watch?v=YXG83p2nkHw

Fundo do mar



Passei os últimos dias em prantos por um único motivo, pela dor. Sair correndo entre pedras, deixei todas afundar bem no fundo do mar e fui para casa. Hoje cheguei em casa, conversei com meu irmão e minha irmã e me acolheram, como é bom chegar em casa, em Salvador, entre amigos, estar "entre os meus", frase forte dita pelo meu amigo Cácio. Como é bom saber que tem pessoas de braço e coração aberto do outro lado, como é bom. É nos limites da vida que vamos percebendo quem fica e quem não fica ao nosso lado, e assim se fazem as grandes relações. Hoje chorei, mas foi com um sorriso de alivio no rosto, longe bem longe...