O seu amor é algo tão delicado. Creio ser cristais que repousam na superfície do mar. Podem sempre ser vistos, mas jamais tocados. Com o sopro do vento sentem frio. Com o arder do sol se derretem. Com o tremer do mundo se desmancham. Todos que chegaram perto tiveram que voltar. Ofuscado belo brilho Eu fiquei cego. E a vida perdeu as cores. Os movimentos rápidos e festeiros tornaram-se lentos e melancólicos. Quem nada sofreu por você é porque nunca soube te enxegar. Caminharei só na escuridão, com a bengala em punho, no triste caminho trôpego de um cego. Cultivarei a esperança de reacender a luz dos meus olhos e apagar a chama da solidão. Do triste fim da perda dos olhos, Ganharei a paciência de caminhar. “A poesia é única prova que ainda somos capazes de enxergar com o coração”. |
Sunday, August 12, 2007
Esperança de um cego
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